Os alunos do Itinerário Formativo “Retratos Musicais” foram agraciados com uma experiência única durante o módulo dedicado à estética caipira. Sob a tutela do professor Rodrigo Vaz Rui, a classe mergulhou na cultura musical da Paulistania, uma região historicamente rica e culturalmente diversa, compreendendo São Paulo, Sul de Minas, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Norte do Paraná.
“A estética, como campo filosófico, foi o farol que guiou a exploração desse tesouro cultural. Os alunos foram conduzidos a compreender como as artes refletem os eventos marcantes da história de um povo, uma perspectiva que se revelou fundamental para decifrar as nuances da música caipira”, explicou o professor.
O ponto alto do módulo foi a participação especial do professor de música da Educação Infantil e do Ensino Fundamental – Anos Iniciais do Portinari, Alex Lucon. Com sua maestria na sanfona, ele não apenas entusiasmou os alunos com suas melodias, mas também compartilhou insights valiosos sobre o papel vital desse instrumento na tradição musical do Brasil
O impacto da sanfona nas diversas gerações
Durante a aula, os professores conduziram uma análise do impacto da sanfona nas diversas gerações da música caipira. Eles desvendaram como as notas e os acordes desse instrumento ecoavam através do tempo, influenciando e sendo influenciados pelas transformações históricas.
“A viola, o violão, a harpa paraguaia e a sanfona emergiram como protagonistas nessa narrativa musical. Cada um deles carrega consigo uma parte da herança cultural que moldou a sonoridade da região. A viola, trazida pelos portugueses, encontrou aqui solo fértil para sua evolução, culminando na peculiar viola caipira. O violão, por sua vez, trouxe uma nova voz à música, enriquecendo a paleta sonora”, ressaltou Rodrigo.
A harpa paraguaia, com suas origens na cultura vizinha, conferiu um toque de exotismo às composições. Já a sanfona, trazida pela migração italiana, tornou-se uma presença marcante na música caipira e gaúcha, adicionando autenticidade e profundidade às composições.
No final da aula, os alunos não apenas tinham uma compreensão mais profunda da estética caipira, mas também haviam experimentado de forma viva a magia da música, como ela pode transcender o tempo e conectar as pessoas com as raízes de uma cultura rica e vibrante.
Para registrar esse momento, o aluno Raul Lenharo, do NPC (Núcleo Portinarense de Comunicação) filmou. Veja, abaixo, trechos da aula.
Texto: Robson Ribeiro. Vídeo: Raul Lenharo I Portinari Grupo Educacional