Com pátio lotado, os alunos do fundamental II puderam aproveitar um intervalo diferente. A formação de uma roda que causou grande curiosidade da criançada deu espaço para que os portinarenses colocassem em prática todos os movimentos que aprenderam durante as aulas de Capoeira ministradas pelo professor Caverna.
Durante sua explicação, Caverna cita que durante as aulas, os alunos que participaram dos encontros tiveram contato com a Capoeira Regional criada entre as décadas de 1920 e 1930 que modificou os modos de relacionamento da capoeira em sociedade. “Trabalhamos muito a flexibilidade, atenção e reflexos, pontos fundamentais para o bom desempenho nessa arte”, cita.
Caverna também falou sobre o retorno positivo que a prática desta atividade trouxe para os alunos. Trabalhar com o corpo e a mente proporcionou mais foco e disciplina.
A direção pedagógica do Colégio comprovou. Os alunos se tornaram mais organizados e também puderam desenvolver o equilíbrio, o ritmo e a concentração. “Foi importante eles terem contato com essa atividade, principalmente por desenvolver nos alunos a audição e percepção dos movimentos necessários para aquele determinado momento”, completa a diretora Marli.
A aluna Gabriela Francisco fala que desde que começou a praticar a capoeira durante as aulas extras oferecidas pelo Portinari sua concentração melhorou. “Além disso, eu pude trabalhar os dois lados do meu corpo, melhorando minha coordenação motora”, completa.
Caverna ressaltou que além de auxiliar os alunos na parte física, as aulas ajudaram a cultivar a cultura e socialização. “A capoeira é uma forma de comunicação. Com ela, consegui ensinar para os alunos a aprender seus limites e respeitar o limite dos outros”, afirma.
Marli ainda destacou um ponto fundamental: o trabalho em equipe. Ponto muito explorado pelo Portinari e que faz parte da corrente freinetiana, a capoeira é um exemplo de trabalho em equipe e que merece a atenção de todos que participam.
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